Ação fundamental para garantir ou complementar os benefícios de seguridade social, emitir GPS requer muita atenção e cautela. Afinal, as múltiplas informações solicitadas elevam as chances de erro de preenchimento.
Além do mais, a variedade de métodos de gerar GPS também causa muitas dúvidas e questionamentos entre os contribuintes. Pensando nisso, elaboramos um artigo completo para você não errar mais ao emitir GPS. Vamos lá?
Como emitir GPS?
Pegue seu caderno e anote o passo a passo de cada uma das maneiras de emitir a Guia da Previdência Social (GPS).
Carnê físico
A GPS física pode ser obtida via “carnê do INSS”, cuja aquisição é feita diretamente nas papelarias de seu município. O preço de um carnê com 12 guias costuma ficar abaixo de R$ 10, porém pode oscilar entre os estabelecimentos.
Para o preenchimento da GPS, o contribuinte precisa incluir seus dados pessoais e o código referente ao seu plano de previdência. Essa é a maneira mais tradicional de assegurar a contribuição ao INSS, sendo que o pagamento do boleto físico pode ser feito tanto nas agências bancárias e caixas eletrônicos quanto pelos aplicativos digitais.
Aplicativo bancário
Algumas instituições financeiras possuem parcerias com o governo federal, garantindo em seus aplicativos digitais a funcionalidade de pagar o INSS. Assim, caso seu banco ofereça esta possibilidade, basta acessar o app e selecionar a opção de pagamento da GPS mensal.
Plataforma da Receita Federal
A emissão da GPS digital pode também ser feita pela plataforma online Sistema de Acréscimos Legais, disponibilizada pela Receita Federal. Nesse caso, o contribuinte precisará informar inicialmente a categoria de beneficiário, além de informar seu PIS ou NIT.
Além disso, serão solicitados os dados de salário base, código e data de pagamento. Uma vez gerado o boleto, saiba que será preciso quitá-lo em até 5 dias úteis, sendo que o atraso exigirá a emissão de nova guia com valores atualizados. Confira agora como proceder caso o pagamento da GPS não tenha sido feito no prazo.
Como emitir GPS em atraso?
Para gerar um GPS em atraso, o contribuinte pode utilizar as próprias plataformas de emissão da guia da previdência. No entanto, o valor incluído no boleto irá contemplar as multas e juros. O cálculo do valor final da guia é feito de maneira automática nas plataformas de emissão online, enquanto a GPS física demanda que o próprio contribuinte faça as contas e preencha manualmente o valor total.
Vale ressaltar que o contribuinte pode utilizar ferramentas de cálculos online ou a própria plataforma do SAL para conferir se as contas estão corretas, antes de preencher a GPS manual. Assim, erros são evitados e a contribuição previdenciária não é perdida.
Quem é MEI precisa pagar GPS?
Um dos tributos incluídos no Documento de Arrecadação do MEI (DAS MEI) é a contribuição de 5% do salário mínimo ao INSS. Assim, emitir DAS isenta o microempreendedor de emitir uma GPS mensal por conta própria, exceto se houver interesse em complementar os benefícios previdenciários, conforme veremos a seguir.
Como funciona a aposentadoria pelo MEI?
Com o valor de INSS incluído no DAS, garante-se ao MEI a adesão ao Plano Simplificado da Previdência Social, com direito a aposentadoria somente pela modalidade de idade ou invalidez no valor mensal de apenas um salário mínimo.
Além disso, o MEI precisa ter contribuído com pelo menos 180 boletos do DAS antes de solicitar o recebimento da aposentadoria. Por isso, muitos empreendedores optam por aderir ao Plano Normal do INSS e, assim, assegurar futuras condições financeiras mais confortáveis para a aposentadoria.
Para isso, é preciso que o MEI faça uma contribuição adicional de 15% via GPS mensal. Assim, os 15% da GPS somados aos 5% do DAS irão totalizar os 20% necessários para a garantia dos benefícios do Plano Normal, incluindo acesso a aposentadoria por tempo de contribuição e valores mensais maiores do que um salário mínimo.
Portanto, é preciso avaliar com antecedência seus planos de aposentadoria e considerar a possibilidade de aumentar a contribuição!